Durante a sessão da última terça-feira, 04 de julho, o
vereador Ivo Fiorotti propôs um Grande Expediente para o presidente do
Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Sul (Sindipetro-RS), Fernando Maia
da Costa, explanar sobre a possível redução no número de postos de trabalho na
Refinaria Alberto Pasqualini (Refap). Segundo a entidade, a medida anunciada
pela Petrobras trará uma precarização das atividades e o aumento de acidentes
seriam os principais reflexos da ação. Em sua fala, Fiorotti salientou que o
espaço buscou dar conhecimento da situação aos vereadores e à sociedade, principalmente
em relação aos riscos envolvendo as comunidades próximas à refinaria.
Conforme Costa, a categoria se mobilizou, o que fez com que
a empresa aceitasse esperar até o próximo dia 10 de julho para dar início à
redução. Agora, a entidade está tentando na Justiça impedir a aplicação da
medida.
O presidente do Sindipetro-RS afirmou que a empresa tem
adotado nos últimos anos uma política de redução de custos e de pessoal, que
resultou na redução de quase 20 mil trabalhadores diretos em todo o sistema,
além de 180 mil terceirizados. "É uma política que coloca em risco não
apenas a unidade, mas os trabalhadores e a comunidade do entorno",
alertou.
Em 26 de junho, o Sindipetro-RS lançou uma carta aberta à
população de Canoas e Esteio, na qual relata que a direção da Petrobras
resolveu implantar, sem qualquer negociação com os trabalhadores e sindicato, a
redução média de 25% dos números mínimos dos postos de trabalho em todas as
unidades de refino de petróleo da empresa. "Trata-se de uma medida
irresponsável, uma vez que os números mínimos de empregados já estão no limite
ou até mesmo abaixo do quadro necessário para garantir a segurança operacional.
O efeito imediato da diminuição de empregos é a precarização das condições de
trabalho e o consequente aumento dos acidentes industriais", diz o
documento.
O parlamentar também convidou o secretário especial da
Defesa Civil de Canoas, coronel Rodolfo Pacheco, para acompanhar a explanação.
Pacheco lembrou que a cidade registra uma área de risco permanente e salientou
que a redução de efetivo sempre compromete a questão da segurança.
Informações da Jornalista Carina Jung
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