segunda-feira, 18 de abril de 2011

Lançamento do livro Lágrimas de Silêncio

Fiorotti recebe autografado o livro de Angélica 
Hoje, 18 de abril, é o “Dia Nacional do Livro Infantil”. A instituição desta data se deve pela homenagem à Monteiro Lobato, que foi um dos maiores autores da literatura infanto-juvenil, brasileira. Já o dia 29 de outubro foi escolhido para ser o “Dia Nacional do Livro” por ser a data de aniversário da fundação da Biblioteca Nacional, que nasceu com a transferência da Real Biblioteca portuguesa para o Brasil.
Para marcar a data de hoje, como “Dia Nacional do Livro Infantil”, este blog destaca um livro que não é da literatura infantil, mas conta a história de uma criança. Trata-se do livro Lágrimas de Silêncio, de autoria da escritora Angela Chaves, lançado no dia 1º de abril, às 18h30, no Salão de Atos Nelson Paim Terra, na prefeitura municipal, como uma das atividades de encerramento do Mês das Mulheres, promovido pela Coordenadoria Municipal de Políticas para Mulheres. Em seu primeiro livro, Angela conta sua história de superação após ser vítima de abuso sexual durante a infância. Os atos de violência resultaram em dois filhos. A autora relata como conseguiu superar os traumas decorrentes dos abusos e vencer as dificuldades conseqüentes do ato. O objetivo ao expor o passado violento, segundo ela, é o de auxiliar outras mulheres que já passaram ou vivenciam essa mesma situação e sofrem caladas. “O que mais me machucou foi a falta de justiça. Por isso, resolvi contar minha história para tentar ajudar outras mulheres e mostrar que há saída. Quero encorajá-las a denunciarem, não terem medo e nem vergonha de falar”, relata.
“Lágrimas do Silêncio – A história de Angela violentada, abusada e prostituída. Uma sobrevivente do incesto”. Destacamos aqui um trecho do livro: “Meu nome é Angela. Aqui começo a relatar minha história. Não é fácil para mim mexer em feridas tão profundas. Ter ficado calada, sufocada na dor, com a alma ferida e a dignidade estraçalhada foi fardo pesado demais que carreguei por muitos anos, sozinha, sem família, sem apoio, sem ninguém. durante muitos anos me senti como se caminhasse no vazio; ei precisava de alguém para me apoiar, mas, por mais que eu estendesse a mão, não encontrava onde me segurar...”.
Abusada pelo pai desde os sete anos de idade, sob o olhar silencioso da mãe, Angela viveu o drama do incesto. Da infância à adolescência foram anos de abusos. Livre do pai, é abusada pelo meio-irmão. Duas gravidezes e uma vida destruída. Do fundo do poço, à beira da loucura e abandonada pela família, Angela luta para reconstruir sua vida e a dignidade.

Um comentário:

  1. É uma pena que muitas crianças ainda tenham que passar por isso não consigo aceitar que a familia que deveria proteger a sua cria possa destruir sua inocencia dessa forma... muito triste....

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